quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Então é Natal...

E o que você fez????

Data cristã... Que deveria ser comemorada por todas as classes sociais, mas sabemos que não é bem assim.
Hoje, ao invés de reclamar que não tem roupa pra vestir, que tem que trabalhar, que tem que lavar louça, enfim, ao invés de reclamar, agradeça.

Eu agradeço por ter uma família linda... Por ter meus filhos com saúde, por ter minha casa, ter comida na mesa e roupa pra vestir.
Pode nao ser a melhor roupa, da melhor marca... Pode nao ser a melhor casa, com as melhores coisas... Mas é tudo meu! É tudo que podemos ter... É o que podemos dar aos nossos filhos, então, não há nada melhor que isso.

Pedidos ao bom velhinho? Sim, eu tenho...
Queria que tivesse mais amor no coração das pessoas.
Queria que ninguém passasse por cima de ninguém.
Queria que o bem ficasse acima do mal.
Queria que ninguém usasse ninguém.
Queria que ninguém risse, nem fizesse as coisas pelas costas...


Enfim! Era só o que eu queria...

Um bom Natal para vocês. Tenho certeza que o meu va ser ótimo.

beijos

domingo, 7 de dezembro de 2008

ATRITOS

Ninguém muda ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos nos encontros.
Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.
Você já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio, e as pedras que estão em sua foz?
As pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas.
À medida que elas vão sendo carregadas pelo rio, sofrendo a ação da água e se atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas.
Assim também agem nossos contatos humanos. Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir um relacionamento próximo com o outro, é não crescer, não evoluir, não se transformar. É começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser várias marcas de pessoas extremamente importantes. Pessoas que, no contato com elas, me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando arestas, transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, sem dúvida, com suas ações e palavras me criaram novas arestas, que precisaram ser desbastadas. Faz parte...
Reveses momentâneos servem para o crescimento. A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo, ainda nessa análise. Começamos a jornada da vida como grandes pedras, cheias de excessos. Os seres de grande valor, percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos que formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando cada vez menores, menores, menores...
Quando finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da existência
e importância do outro, e principalmente da grandeza de Deus, é que finalmente nos tornamos grandes em valor.
Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado? Sabemos quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago. É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, Deus fez a cada um de nós com um âmago bem forte e muito parecido com o diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de AMOR.
Deus deu a cada um de nós essa capacidade, a de AMAR...
Mas temos que aprender como. Para chegarmos a esse âmago, temos que nos permitir, através dos relacionamentos, ir desbastando todos os excessos que nos impedem de usá-lo, de fazê-lo brilhar.
Por muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido, ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado faz parte da construção do aprendizado do amor. Não compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.
Ora, esses sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento...
E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: ATRITE-SE!
Não existe outra forma de descobrir o AMOR.
E sem ele a VIDA não tem significado.
(Roberto Crema)
– Presidente do Colégio Internacional dos Terapeutas – UNIPAZ. –