domingo, 20 de abril de 2008

Chupeta!

Isso mesmo. Depois de 3 semanas, Julia está chupando chupeta.
Confesso que no fundo, no fundo... Eu não queria. O Arthur, graças a Deus, não chupou chupeta e mamou até 1 ano e 8 meses.

O meu maior receio é de largar o peito, além de estragar a arcada dentária... Mas acabei me vendo em uma situação completamente diferente. Eu queria pra Julia tudo o que o Arthur teve, da mesma maneira, mas nada está da mesma forma.
Tudo mudou muito.
O nosso ambiente mudou muito.

Eu gostaria muito de poder ficar em casa 2 anos com a Julia, mas acho que vou acabar ficando e amamentando por 6 meses... No máximo até final do ano, se eu tiver sorte de arrumar coisas pra trabalhar em casa.
As pessoas, quando tomam decisões, acabam esquecendo de que podem acabar com a vida de outras 3 pessoas só por capricho.

Não acham egoísmo?

Tentar ser feliz trazendo tanta infelicidade?

Eu acho!

Principalmente em seres que nem sabem se defender, que precisam da presença.
Até que ponto isso é certo???
Tatuar uma vida "aleijada" nos próprios filhos?
Decidir por eles que futuro terão?
Futuro de ausência?

É certo?


Eu não consigo entender... Mesmo!


Bom, então voltando à chupeta...
Julia ficou linda. Porque bebês de chupeta são lindos.
Mas fiquei triste. Na verdade parece negligência da minha parte. Parece que fiz por "capricho", mas gente, cuidar de 2 bebês sozinha é muito, muito complicado.
Um bebêzão, que já entende tudo, mas continua sendo pequeno e não conseguindo fazer as coisas sozinho... Que quer brincar, que exige atenção, e uma mini-pessoinha (diminutivo é o que há) que não entende nada nem eu a entendo, que não sabe fazer nada... Que precisa de mim, do meu leite, do meu colo...

É uma loucura.

Aquela história de quem cuida de um, cuida de dois só é válida para depois que a gente esquece o trabalho que passou. Quando os dois começam a chorar juntos, quando ele cai e se machuca enquanto ela tá no trocador, pelada no frio, quando ele pede mamá e ela tá mamando também, quando ele ta no banho e ela ta chorando desesperada de fome... Ahhhhh, são tantas situações.
Eu amo meus filhos... Amo mais do que tudo nessa vida e tenho muito medo de descontar neles a falta que sinto do pai deles. Eu sinto que quando tõ brava com ele, fico mais sem paciência com eles... Não é porque eu quero... É involuntário. E horrível.
Não quero isso pra mim e muito menos pra eles.

E foi por isso que decidi dar a chupeta.
Porque ajuda a acalmar (ela e eu).

Só queria explicar para mim mesma que não foi por capricho. Foi porque eu achei que seria apropriado.
*as postagens estão desconfiguradas... Não descobri ainda o pq!

1 comentários:

Nessa disse...

Eu compreendo.
Aliás, em inglês, chupeta se chama "pacifier". Ou seja, pacificadora, que acalma.
Quero fotos da minha boneca gorducha de chupeta.
Quero também que ela e o Arthur tenham noção do quanto eu os amo.
Penso neles 25 horas por dia. E odeio estar longe deles e de você, minha irmã.
Queria poder ser mágica e mudar o mundo num passe.



Quem sabe um dia.

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