segunda-feira, 9 de junho de 2008

Só nós...

Agora somos só nós, filhotes.
Ninguém pra ler... Ninguém pra criticar.

Porque falar é fácil. Fácil demais...

Eu acho engraçado, porque é difícil as pessoas entenderem que a gente saiba mais do que a própria pessoa, mas, eu sei!
Eu tenho certeza que o pai de vocês ainda gosta de mim...
Certeza que se ele sair, vai querer voltar. Porque a gente se da muito bem, em todos os sentidos. A gente se da bem na cama, se da bem na amizade, se dá bem em tudo. Por que ele não quer tentar, então?
Se ele sair, meu filhos, e isso é uma promessa que faço a vcs, ele nunca mais vai voltar a morar com a gente.
Eu to tentanto aumentar esse tempo dele aqui dentro, pra que ele consiga se dar conta sozinho das coisas, mas pelo jeito, ta difícil. Eu que penso nele, AINDA. Às vezes tenho raiva de ser tão boazinha...
Tenho raiva dele ter feito isso tudo que fez e continua fazendo.
Tenho raiva dele não se esforçar pra nada, dele agir como se fosse um adolescente, sem responsabilidades, sem pensar no mal que ta fazendo pra gente. No mal que ele ta cravando em nossas vidas.

Ai, meus filhos... Me ajudem...
Continuem dando força pra mamãe, que não ta mais aguentando.

Eu queria tanto ir embora daqui, mas tenho medo. Medo de tudo...
Na verdade eu ainda vivo cercada de medo. Tenho medo de acordar todos os dias... Tenho medo de não ter mais o que eu tinha.
Medo de ter que começar minha vida longe do pai de vocês... Tenho medo de não aguentar.
Eu to muito infeliz...
Só tenho felicidade quando olho pra vcs, meus filhos.
O que eu mais quero é que vcs sejam felizes... O que eu mais queria era ser feliz, junto com vcs, mas tenho medo disso nunca acontecer.

Como é que pode, heim? Uma pessoa destrir assim a vida da autra? A pessoa que prometeu te amar e te fazer feliz é o motivo da tua desgraçae da desgraça da tua família. Chega a ser irônico, não é mesmo?

Eu to começando a virar uma pessoa cética... Ta difícil de acreditar nas coisas.
Sempre torço por um dia melhor... Mas, ele ainda não chegou.

Só agradeço por vocês, minhas crianças.
Amo vocês e tenho raiva em dizer que continuo amando o pai de vocês. Tenho raiva porque ele não tem maturidade suficiente pra aceitar esse amor... Ao invés disso, prefere viver uma vidinha medíocre. Ele não deixa eu o amar... Ele não dá uma chance pra me amar de volta.
Será que vcs vão amá-lo pra sempre?
Será que Julia, sem convivência, vai ter noção de quem é seu pai?

Será que devo botar outra pessoa aqui dentro, para substituí-lo? Porque seria um pai de verdade pra ela. Ela teria o pai biológico e o pai de criação. O Arthur eu sei que não tem como... Ele é apaixonado pelo pai, mas a Julia, quem sabe eu possa fazer o futuro dela ser de menos ausência...

Será?

Será que eu vou ter que consertar pra sempre os erros do pai de vcs?

Ai, amores... Me guiem, porque a mamãe aqui ta sem rumo...

Totalmente sem rumo...

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