- Idade maior que um ano.
- Menos interesse nas mamadas.
- Aceita variedade de outros alimentos.
- É segura na sua relação com a mãe.
- Aceita outras formas de consolo.
- Aceita não ser amamentada em certas ocasiões e locais.
- Às vezes dorme sem mamar no peito.
- Mostra pouca ansiedade quando encorajada a não amamentar.
- Às vezes prefere brincar ou fazer outra atividade com a mãe ao invés de mamar.
Perdeu-se a noção de que o desmame não é um evento e sim um processo, quefaz parte da evolução da mulher como mãe e do desenvolvimento da criança,assim como sentar, andar, correr, falar. Nesta lógica, assim como nenhumacriança começa a andar antes de estar pronta, nenhuma criança deveria serdesmamada antes de atingir a maturidade para tal. Em harmonia com esta linhade pensamento, Dr. William Sears, um antigo pediatra, recomendava: "Nãolimite a duração da amamentação a um período pré-determinado. Siga ossinais do bebê. A vida é uma série de desmames, do útero, do seio, de casapara a escola, da escola para o trabalho. Quando uma criança é forçada aentrar em um estágio antes de estar pronta, corre o risco de afetar o seudesenvolvimento emocional". Essas palavras sábias podem ter pouco respaldoem sociedades individualistas, que tendem a acelerar o processo deindependização do ser humano, substituindo o seio por métodos deauto-consolo como chupetas, paninhos, mantinhas, ursinhos, etc.Segundo diversas teorias, o período natural de amamentação para a espéciehumana seria de 2,5 a sete anos. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde recomenda aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nosprimeiros seis meses. Apesar dessa recomendação, poucas mulheres no Brasilamamentam por mais de dois anos.
O desmame abrupto é desencorajado, pois se a criança não está pronta, ela pode se sentir rejeitada pela mãe, gerando insegurança e muitas vezes rebeldia. Na mãe, o desmame abrupto pode precipitar ingurgitamento mamário, bloqueio de ducto lactífero e mastite, além de tristeza ou depressão, por luto pela perda da amamentação ou por mudanças hormonais.Muitas vezes a mulher se depara com a situação de querer ou ter que desmamarantes de a criança estar pronta. Nesses casos, o profissional de saúde, emespecial o pediatra, deve respeitar o desejo da mãe e ajudá-la nesseprocesso.
A mãe pode também evitar certas atitudes que estimulam a criança a mamar, por exemplo, não sentar na poltrona em que costuma amamentar.Algumas vezes, o desmame forçado gera tanta ansiedade na mãe e no bebê, queé preferível adiar um pouco mais o processo, se possível. A mãe pode,também, optar por restringir as mamadas a certos horários e locais.
Encorajando o bebê a desmamar: facilitadores
- Mãe segura de que quer (ou deve) desmamar.
- Entendimento da mãe de que o processo pode ser lento e demandar energia, tanto maior quanto menos pronta estiver a criança.
- Flexibilidade, pois o curso é mprevisível.
- Paciência (dar tempo à criança) e compreensão.
- Suporte e atenção adicionais à criança – mãe não deve se afastar neste período.
- Ausência de outras mudanças ocorrendo, como, por exemplo, controle dos esfíncteres.Sempre que possível, desmame gradual, retirando uma mamada do dia a cada 1-2semanas.As mulheres devem estar preparadas para as mudanças físicas e emocionais queo desmame pode desencadear, tais como: mudança de tamanho das mamas, mudançade peso e sentimentos diversos, tais como alívio, paz, tristeza, depressão,culpa e arrependimento.Já se avançou muito na valorização do aleitamento materno nos últimostempos.
A recomendação da duração da amamentação passou de 10 meses na década de 30 para dois anos, ou mais, nos dias de hoje. Atualmente, fala-seem desmame natural como a forma ideal de desmame, sem especificar uma idade mínima ou máxima para que esse processo ocorra. Apesar desse avanço, ainda estamos longe de encararmos o desmame como um marco do desenvolvimento da criança.Para chegarmos a este estágio, faz-se necessário entender e enfrentar as circunstâncias que, segundo Souza e Almeida, "ultrapassam a natureza e desafiam a cultura e a sociedade".
Quadro 2 - Vantagens do desmame natural
- Transição tranqüila, menos estressante para a mãe e a criança.
- Preenche as necessidades da criança até elas estarem maduras para o desmame.
- Fortalece a relação mãe-filho.
- Ajuda a mãe a ser menos ansiosa com relação aos estágios de desenvolvimento de seu filho.
1 comentários:
Nao sabia que estava de Blog... me add como tua amiga!
o Thuthu ta lindo demais!!!
beijinhos
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